A corridinha
uma historia veridica sobre abusos com tecnologia sem fios (é virus mas não é constipação)
Em 2008 puseram-me a dar umas corridinhas ate ao wc público da universidade. Tinha 29 anos. E tinha começado o doutoramento.
Ainda hoje recuso e classifico com terrorismo o que me fizeram passar a seguir.
Afinal uma sobrecarga sensorial não tem que ser uma sobrecarga , pode ser algo mais leve, suave .... e umas frequências certas, fazem elas imaginar de olhos abertos "ombros musculados" e "rabinhos lindos" para onde quer que estejam a olhar. E no meu caso em particular ter um orgasmo espontâneo em pleno autocarro a caminho de Gutembugo (2016) e depois de uma reunião sobre ciência.
Adormecer no WC por fadiga e cansaço...perdão, adormecer devido a dor, um outro tipo de dor que mal se sente, senão apenas os seus efeitos. Ou ainda ficar imóvel, parado a olhar para o peito (peito não sao mamas) de uma qualquer mulher ou aluna na universidade. O mesmo motivo. Dor que não se entende bem, e mal se sente. Principal origem, noites de sono agitadas devido a uma vizinhaça muito activa durante a noite e que resultaram nuns quantos ataques de pânico. Mas só em determinados locais. E em mais lado algum.
Mudei para Lisboa…
Andei bem até as dores de cabeça aparecerem. Antes de ficar de baixa médica, ainda deu para entender o autoritarismo que se permite e aceita naquela academia. E há até quem ache engraçado e se ria com um megafone sonoro escondido mas que gosta de .... "neural networks". Vi um colega à procura de um botao de GPL no meu bolide sueco e azul marinho de 4 rodas. Por demasiadas vezes. Sem nunca perguntar onde afinal está o botão. Enquanto estudei modelos de regressão e aproximação estatística no Forex...resultado, mais dor . E fadiga.
A namorada ficou e eu vim-me embora.
Desde então…
O motor do meu volvo partiu. Meti um novo mais potente comprado no ebay. Depois de dois altos peritos terem dado uma olhada ao caso suspeito. A seguir desmontei o carro todo. Porquê. Para me libertar de problemas de saúde causados por tédio. E também para evitar problemas de saúde causados por uma rádio frequência invisível que teima em ecoar e ressoar na minha cabeca e no meu corpo 24h por dia. E resultou.
Os meus pais venderam uma casa, depois de umas conversas muito neuro marketing. Do mais recente. A contra gosto. Para 1 anos depois a dona Cecília querer a todo custo voltar para o Porto, desta vez para um apartamento, depois de venderem a casa para onde tinham mudado recentemente. Mesmo motivo. Neuro marketing e verbalizado pela dona Cecília em forma de fadiga e cansaço. Só não aconteceu porque a especulação imobiliária os impediu de o fazer.
Candidatei me ao apoio para criação de próprio emprego e como recompensa, reencaminharam me para a uma associação de apoio social... em Lisboa. E um carro velho e maduro que tinha comprado no ebay para esse projecto, acabou vendido oportunisticamente ali prós lados da ria de aveiro.
O doutoramento ...emigrou. E eu também. Depois de apenas ter conseguido trabalho temporário a preços do salário mínimo ou pouco mais, mudei me para o centro do mundo europeu. Bruxelas. Aqui convivi durante quase 2 anos com 70 e tal trabalhadores que construiam algo todos os dias e durante 13 longas horas seguidas. Todos portugueses. Ao fim do dia, todos tinhamos direito a um bom banho e comida na mesa. No fim, ao engenheiro esperava um quarto com 3m2 e aos restante um beliche duplo em quarto comum. Durante esse tempo, deu para gerir todas essas gentes, de um modo que apenas eu sei como: Com um tablet na mão e uma aplicação mobile em obra.
Desengane-se aquele que pensa em substituir trabalho por gratuitidade com a tecnologia. É necessario primeiro de tudo, saber ser factual e para isso é condição necessária não ser tendecioso. Muito menos sonhar com um rendimento passivo a custo zero. Uma pessoa assim é imatura inexperiente e perigosa.
Resultado, as conversas foram acontecendo em bom português e muitas vezes em calão. Passaram a partilhar fotos do que entendiam estar errado. Algo nunca antes visto, literalmente, numa obra em português por estes lados. Incomodam engenheiros belgas , preguiçosos, e também um chefe de cozinha sobrecarrregado mas que lhes preparava todos os dias a refeição. Pelo meio de tanta conversa e frustração, deu para conviver uma realidade de total ausência pela liberdade e privacidade individiual. Violência física. Sem toca na vitima. Estamos em 2019, e aparece um virus e um lockdown. Mas primeiro há que gerir pagamentos e esvaziar contas pois o dinheiro no banco não está num local seguro. "Vai durar 3 semanas" disseram-me assim um dia. E entretanto passaram 2 anos e meio. Fiquei desempregado. Arrendei habitação longe da guerra invisivel que acontece diariamente na capital belga. E afinal apenas foi necessário um "big reset" para aparecer o teletrabalho. O gestor, o diretor, já não são essenciais para o bom funcionamento de uma organização, instituição ou empresa.
E a corridinha de 2008 o que lhe aconteceu?
Afinal foi apenas uma ideia, uma tentação e provocação para um divórcio, seguido de umas oferendas muito convenientes de substitutas para o lugar que ficou vazio. Quanto as frequencias ressonantes, já sabem, um dia que comecem a sentir um calor no peito inexplicável, como foi uma vez descrito pelo sr. Baião, um pedreiro que gostava de ir às meninas sempre que tal fogo lhe aparecia, a única solução é fazer o mesmo ou ...em alternativa de emergência, dar uma corridinha até à a casa de banho mais próxima. Quem ainda se lembra do filme matrix com Keanu Reaves ? Em particular a cena do restaurante com o Merovingian a explicar noções de causalidade?
Enquanto assim for,
Nao é possivel mais Inteligência na academia.
Um bom serão a todos e a todas
Miguel T.
P.S.: finalmente consegui publicar o 2o paper da minha tese de mestrado de 2007 !
(O conteudo deste email é publico)